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Leishmaniose e parasitas: como proteger o seu animal

A leishmaniose canina é uma doença parasitária grave do cão, causada por um protozoário (parasita microscópio), denominado Leishmania, que é transmitido por um flebótomo – insecto relativamente parecido com um mosquito, mas mais pequeno.

Portugal é considerado um pais endémico, com uma prevalência média de leishmaniose em cães de cerca de 6% (6 em cada 100 cães estão infetados), chegando nalguns distritos a atingir os 17%.

Sabe o que é a Leishmaniose?
A Leishmaniose é uma doença endémica no Sul da Europa, Norte de África, Médio Oriente, China e América do Sul, que também afeta o Homem. É causada por um parasita que se localiza, sobretudo, na medula óssea, nos gânglios linfáticos, no baço, no fígado e na pele. O cão é o principal hospedeiro e hospedeiro reservatório. No entanto, outros animais como os gatos, as raposas e os roedores podem, igualmente, ser afetados. 

Quais são os sintomas da Leishmaniose?
Os sintomas da leishmaniose podem ser bastante variáveis. A leishmaniose é uma doença sistémica que pode potencialmente envolver qualquer órgão ou tecido, não desencadeando sinais clínicos específicos. As lesões cutâneas/tegumentares constituem as manifestações clínicas de leishmaniose em cães mais frequentemente observadas, incluindo, entre outras:
  • Alopécica periocular (designação médica para falta de pelo em torno dos olhos).
  • Dermatite furfurácea (caracterizada pela descamação da pele).
  • Onicogrifose (designação médica para o crescimento anómalo das unhas).

O aumento do tamanho dos gânglios linfáticos, a ocorrência de hemorragias, como é o caso da epistaxe (designação médica para hemorragia proveniente da fossa nasal), e as lesões oculares, são também muito comuns em casos de leishmaniose canina.


Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é essencialmente clínico e confirmado por análises laboratoriais da infeção por Leishmania através de métodos imunológicos, parasitológicos e moleculares.
O despiste de leishmaniose ou outros parasitas em animais aparentemente saudáveis que viajem ou residam em zonas endémicas, como é o caso de Portugal, é fortemente aconselhado nos seguintes casos:
  • Cães dadores de sangue
  • Cães reprodutores
  • Cães importados
  • ​Previamente à vacinação para a leishmaniose
     
Como é feito o tratamento?
O tratamento da leishmaniose é complexo. Trata-se de um tratamento variável, consoante o estado de saúde do animal, sendo que o comprometimento de certos órgãos, como é o caso dos rins, limita em muito a administração de alguns dos medicamentos mais eficazes. 
Caso o seu animal tenha este parasita, deve cumprir rigorosamente o tratamento recomendado pelo Médico Veterinário e deve prevenir quaisquer picadas.

Como posso prevenir a infeção?
Para além da manutenção de um bom estado de saúde do seu cão, pode prevenir esta doença, usando, regularmente, repelentes e realizando, anualmente, a vacinação de despiste.

Nesta doença o conhecido ditado “é melhor prevenir do que remediar” assenta na perfeição.